terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dos quereres

Quero encher a minha vida de poesia. De palavras que se complementam e formam a vontade de ser da frase. Sem necessariamente fazer sentido pra muita gente, bem longe do senso comum. Que essa poesia seja simples e extraordinária. Que me acompanhe.

Quero encher a minha vida de arte. Para que as cores preencham as minhas horas e as formas me façam companhia. Já disse que quero as paredes cheias de quadros, molduras, fotografias e as estantes cheias de livros.

Quero encher a minha vida de música. Que cada passo tenha uma trilha sonora. Que me faça dançar mesmo que eu não queira. Que me obrigue a me mexer mesmo que eu esteja parada.

Quero encher a minha vida luz. Para devolver energia a quem me faz bem. Para purificar a minha alma. E saber que o mais escuro da noite é antes do amanhecer.

Quero sorrisos sinceros, abraços apertados, a mão estendida que sustenta e o corpo que envolve.

Quero doce, salgado e picante. Dispenso o amargo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nessa história eu não sou protagonista

Vou guardar um sentimento. Na dúvida do que pode ou não acontecer com ele, vou deixá-lo escondidinho bem no fundo do meu coração. Pois é um sentimento bem bom que me enrubesce, não envergonha.

Ele só existe em mim. Sou eu quem faz o sentimento ser sentido. Não tenho a intenção de mudar a sua natureza platônica fantasiosa, não por falta de coragem, apenas por aceitá-lo da forma que é: a dose certa de admiração, curiosidade, respeito e tesão.

Talvez fosse a receita certa para transbordar com outros sentimentos, alguns até pouco vivenciados, mas ter o poder de resguardá-lo em mim, me faz feliz. Eu não preciso transformá-lo em outra coisa para saber que ele existe. Eu só preciso resgatá-lo em mim para meu próprio deleite e diversão.

Podem me julgar por escolher internalizar algo ao invés de botar pra fora um sentimento tão bonito. Eu escolho tê-lo em mim ao correr o risco de perdê-lo para sempre. Prefiro o conto de fadas seguro em ser “felizes para sempre” do que a história mudar de rumo, ter outro desfecho.