sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eu tive uma ideia

A ideia da rede social menos virtual e mais interativa. Eu toparia.

Sou dessa geração hibrida que cresceu brincando de policia e ladrão, pogobol e tênis bamba. Logo que entrei em contato com computadores, nas aulas de informática, não entendia toda aquela empolgação do professor com um tal de MS DOS. Tentaram me apresentar pra ele, mas eu virei a cara. Só fui dar importância àquela ferramenta quando surgiu a internet e eu tive necessidade de comunicação devido à distância.

Movimento social pra mim tinha sido a participação da minha irmã no impeachment do Fernando Collor de Mello, os caras pintadas. Sabia que rolava certa interatividade entre a galerinha mais nerd, os chamados pen pals – galera que se correspondia por cartas, muitas vezes escrevendo em outra língua.

Hoje eu trabalho com mídias sociais, tento estar em dia com as noticias de tudo que é lançado, mas meu celular ainda é arcaico e digno de bullying por parte dos meus amigos. Adoro todas as facilidades da internet, mas não recuso um convite para sair de casa e ter um contato mais aproximado com as pessoas. Eu vivo com um pé no ultra moderno e outro no the old way of life! – tipo, saudosista do som que só o vinil reproduz e das mixed tapes que eu gravava amarradona!

Esses dias um amigo riu muito do meu reprodutor de musica, o winamp. Sou obrigada a usar o itunes se quiser manter a fachada de guria que entende da coisa. AAAPA PORRA! Que canseira tudo isso.

Mas foi entrando em contato com uma iniciativa que eu achei genial, a bookcrossing, em que tu podes deixar um livro em lugar predeterminado e pegar outro, inclusive podes fazer a busca por algum exemplar específico que alguém disponibiliza em algum lugar do mundo... enfim, uma rede de troca. Uma forma de sociabilizar sem muito contato cara a cara, mais mente a mente.

Foi ai que eu “bolei” a ideia de juntar os antigos pen pals com o bookcrossing. Funcionaria assim: as pessoas se inscrevem numa rede social falando dos seus livros, tipos de leitura que curte e então os trocariam com as demais. Assim, pelo correio, recebe na caixa de correspondência, deixa uma dedicatória, marca a página com o canto da página dobrado.

Pode até ser que as pessoas pudessem marcar de trocar os livros pessoalmente, em algum lugar público, café, parque, restaurante, e se conhecer um pouco mais. Trocar além de livros, ideias, olhares. Ou isso seria muito ousado?

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