quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Das coisas que não surtem efeito!

Alguma coisa me lembrou a época que eu trabalhava em um hospital. Nada a ver com a área médica, eu ficava sentada na sala da comunicação criando pautas para um informativo interno e dando assessoria de imprensa. Era um trabalho tranquilo. A comida no refeitório era uó, mas compensava aquele monte de residentes gatos de jaleco. Eu tinha os meus preferidos...

Nos altos dos meus 23 anos eu dominava o meu campinho: a metade de uma sala de 6m², a mesa e o computador. Muito pleiteei por um ar condicionado e até o dia que eu fui embora não tomei conhecimento de nada que refrescasse aquele local sem janelas.

Mas a vista era boa. Perto da entrada. O ir e vir do pessoal de branco. Eu me distraia. Volta e meia enrubescia de interesse por alguém que me chamasse mais atenção. E, certa vez, lá estava ele, um galã. Podia ter facilmente sido tirado de um seriado americano. Seria um candidato perfeito a ocupar o posto do George Clooney em ER.

E como não podia deixar de ser, eu não era a única que pensava assim. O moço tinha uma legião de fãs. Achei que por ser a mais nova eu teria alguma vantagem. Ledo engano. Ele mal me dava as horas.

Um dia me irritei com a situação de não ser notada e resolvi tomar uma atitude drástica. Deixei um bilhetinho me apresentando no pára brisa do carro do tal cara.

E foi isso. Não deu em nada. O máximo que eu consegui foi encontrar o menino em uma festa e dar a cara ao tapa:
- Bah, eu te deixei um bilhete no carro.
- Pois é, eu vi. Mas eu to meio enrolado...
- Tranquilo! (o que eu ia dizer nessa hora?)
- Mas assim, vai rolar...
- ???

E eu to até hoje sentada, esperando.

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